Diabetes e a Dieta

Diabetes e a Dieta
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sábado

Beija Flor Tesoura

Foto de Flávio Brandão

Destaca-se das espécies estudadas pelo maior porte e pela cauda comprida e bifurcada, o que lhe valeu o nome popular. Como é comum entre os beija-flores, é uma espécie agressiva que disputa com outras o seu território e fontes de alimento.Nidificação: o ninho, em forma de tigela, é assentado numa forquilha de arbusto ou árvores, a cerca de 2 a 3 m do solo. O material utilizado na construção é composto por fibras vegetais incluindo painas, musgos e liquens, aderidos externamente com teias de aranhas.

terça-feira

Os Nossos Deputados

Alexandra Marques
Em Portugal, os deputados ganham 3708 € de salário-base, o que corresponde a 50% do vencimento do PR. Os subsídios de férias e de Natal são pagos em Junho e em Novembro e têm direito a10% do salário para despesas de representação. Como também lhes são pagos abonos de transporte entre a residência e São Bento uma vez por semana, e por cada des-locação semanal ao círculo de eleição, um deputado do Porto, por exemplo, pode receber mais 2.000 €, além do ordenado.

De acordo com o "Manual do Deputado", os representantes do povo podem estar no regime de dedicação exclusiva e acumu-larem com o pagamento de direitos de autor, conferências, palestras, cursos breves, etc.
Como o fim da subvenção vitalícia irá abranger somente os deputados eleitos em 2009, os que perfa-çam até ao final da legislatura 12 anos de funções (consecutivos ou intervalados) ainda a recebem, mas com menor valor.
Quem já tinha 12 anos de funções quando a lei entrou em vigor ─ em Outubro de 2005 ─ terá uma subvenção vitalícia de 48% do ordenado base ─ pelo actual valor, quase 1.850 € ─ logo que comple-tar 55 anos.
O Governo acautelou assim a situação de parte dos deputados do PS eleitos em 1995, com a 1ª vitória de Guterres, pelo que ao fim de 10 anos de actividade (até 2005) poderão auferir a pensão vitalícia que corresponde a 40% do vencimento-base ─ 10 anos a multiplicar por 4% do vencimento base auferido quando saiu do Parlamento.
A subvenção é cumulável com a pensão de aposentação ou a de reforma até ao valor do salário ba-se de um ministro que é em 2008 de 4.819,94 €. Os subvencionados beneficiam ainda "do regime de previdência social mais favorável aplicável à Função Pública", diz o documento.
Sócrates recebe pensão vitalícia
José Sócrates tem direito à pensão vitalícia por ter 11 anos de Parlamento. Eleito pela 1ª vez em 1987, esteve 8 anos consecutivos em funções. Secretário de Estado do Ambiente e ministro da pasta nos Governos de Guterres, voltou em Abril de 2002, onde ficou mais 3 anos.
Quem tem e vai ter a subvenção
Almeida Santos (PS), Manuela Ferreira Leite, Manuel Moreira e Eduarda Azevedo (PSD), Narana Coissoró e Miguel Anacoreta Correia (CDS-PP) e Isabel Castro (PEV) já requereram a subvenção vitalícia. Outros 31 deputados, 20 dos quais do PS, poderão pedi-la, pois até ao fim de 2009 perfa-zem 12 anos de mandato, embora só se contabilizem os anos até 2005.
Salário cresceu 77 € num ano
Em 2007, o vencimento-base de um deputado foi 3.631,40 €. Este ano é de 3.707,65 € , segundo a secretaria-geral da AR. Um aumento de 77 €.
Presidir à AR dá direito a casa
O presidente da AR recebe 80% do ordenado do PR ─ 5.810 €. Recebe ainda um abono mensal pa-ra despesas de representação no valor de 40% do respectivo vencimento 2.950 €, o que perfaz 8.760 €. Usufrui de residência oficial e de um veículo para uso pessoal conduzido por um motorista.

sexta-feira



sexta-feira

O Banqueiro

Uma tarde um famoso banqueiro ia na sua "limousine" quando viu dois homens na berma da estrada comendo relva.


Ordenou ao seu motorista que parasse e saindo perguntou a um deles·
– Porque estão a comer relva?·
No temos dinheiro para comida. - Disse o pobre homem – Por isso temos que comer relva.·
- Bem, então venham a minha casa e eu vos darei comer – disse o banqueiro.·
- Obrigado, mas tenho a minha mulher e dois filhos comigo. Estão alí, debaixo daquela árvore.

- Que venham também – disse novamente o banqueiro.·
Voltando-se para o outro homem disse-lhe:·
- Você também pode vir.·
O homem, com uma voz muito sumida disse:·
- Mas, Senhor, eu também tenho esposa e seis filhos comigo!·
- Pois que venham também. - Respondeu o banqueiro.·
Entraram todos no enorme e luxuoso carro. Uma vez a caminho, um dos homens olhou o banqueiro e disse:·
- O senhor é muito bom. Obrigado por nos levar a todos!·
O banqueiro respondeu: - Meu caro, não tenha vergonha, fico muito feliz por fazê-lo!

Vão ficar encantados com a minha casa.....·
Só a relva tem mais de 20 centímetros de altura!

Moral da história:
Quando pensares que um banqueiro te está a ajudar, pensa duas vezes

quinta-feira

Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

**SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO**

*(Autos arquivados na Torre do Tombo, Armário 5, Maço7)

**'Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de:**

**ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;**

**de cinco irmãs teve dezoito filhas;**

**de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;**

**de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;**

**de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;**

**dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas,**

**da própria mãe teve dois filhos.**

**Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres'. ***
**


*[agora vem o melhor:]



**'El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo, e guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo'.**

terça-feira

Explicar Sem Ofender

Um homem de 88 anos estava fazendo seu check-up anual.

O médico perguntou como ele estava se sentindo:

- Nunca me senti tão bem - respondeu o velho. Minha nova esposa tem 18 anos e está grávida, esperando um filho meu.

Qual a sua opinião a respeito doutor?

O médico refletiu por um momento e disse:
- Deixe-me contar-lhe uma estória: eu conheço um cara que era um
caçador fanático, nunca perdeu uma estação de caça. Mas, um dia, por
engano, colocou seu guarda-chuva na mochila em vez da arma.
Quando estava na floresta, um urso repentinamente apareceu na sua frente.
Ele sacou o guarda-chuva da mochila, apontou para o urso e...BANG......o urso caiu morto.
- HA! HA! HA! Isto é impossível - disse o velhinho - algum outro caçador deve ter atirado no urso.......

- Exatamente !!!!!!!

sábado

O Argentino e Alkmin

De algum jeito, Luiz Favre e Geraldo Alkmin foram parar na
mesma barbearia,em São Paulo.
Lá sentados, com um barbeiro atendendo a cada deles, não
se falou palavra alguma.
Os barbeiros temiam iniciar qualquer conversa pois poderia
descambar para discussão política.
Terminaram a barba de seus clientes mais ou mesmo ao mesmo
tempo.
O barbeiro que tinha o argentino em sua cadeira estendeu o
braço para pegar a loção pós-barba, no que foi interrompido rapidamente
por seu cliente.
- Não obrigado, a Marta vai sentir o cheiro e pensar que
eu estava num puteiro - disse o argentino.
O segundo barbeiro virou-se para Alkmin.
- E o senhor? - indagou.
E o Geraldo respondeu:
- Vá em frente, amigo! A minha esposa Lu não sabe como é
o cheiro dentro de um puteiro.

quinta-feira

LIÇÃO DE CIDADANIA*

*Esse é o exemplo que deve ser seguido...
Tomara que essa moda pegue...
Mas prá isso necessita ser divulgada...
Vejam o município Bom Jesus do Itabapoana .
Devido ao baixo nível do candidato,de um total de 26.863 eleitores que
compareceram às urnas,20.821 eleitores conscientes decidiram anular o
seu voto ...
Um exemplo para o mundo...*
É algo difícil de acontecer, mas aconteceu!
Os votos nulos somaram 20821 ( 89,23%). Vejam a coragem e esclarecimento dessa população.
O candidato a prefeito não servia e a população cuidou de eliminá-lo no voto.
O TRE terá que fazer nova eleição e o candidato reprovado não poderá se candidatar novamente. O interessante é que esse fato não foi divulgado em nenhuma mídia.
Até a Globo se calou. Se a moda pega, quem sabe não poderíamos depurar essa gente que vive enganando a todos?
Quem sabe a solução que tanto almejamos não passa por aí?

terça-feira

E a Crise Continua...

Que País!

Com o 9º ano, 50 anos de idade e reforma de mais de € 3.000 euros...

GRANDE ESCÂNDALO, para nós que cada vez mais estamos mais pobres…


O Sr. Presidente da República não deve conhecer esta. Será que alguém lha pode enviar?

Espalhem esta mensagem para as pessoas saberem a verdade.


Apesar de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa durante as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, está já reformado.

A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a € 3.035 euros (608 contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.

A generosidade estatal decorre da categoria com que foi aposentado - técnico superior de 1ª classe, segundo o «Diário da República» -apesar de as suas habilitações literárias se ficarem pelo antigo Curso Geral do Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade.

A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro privilégio raro, num país que pondera elevar a idade de reforma para os 68 anos, para evitar a ruptura da Segurança Social.

O dirigente socialista entrou para os quadros do Ministério da Administração Interna em 1972, e dos 30 anos passados só ali cumpriu sete de dedicação exclusiva; três foram para o serviço militar e os restantes 20 na vereação da Câmara de Lisboa, doze dos quais a tempo inteiro.

Vasco Franco diz que é tudo legal e que a lei o autoriza a contar a dobrar 10 dos 12 anos como vereador a tempo inteiro.

Triplicar o salário - Já depois de ter entregue o pedido de reforma, Vasco Franco foi convidado para administrador da Sanest, com um
ordenado líquido de € 4.000 euros mensais (800 contos). Trata-se de uma sociedade de capitais públicos, comparticipada pelas Câmaras da
Amadora, Cascais, Oeiras e Sintra e pela empresa Águas de Portugal, que gere o sistema de saneamento da Costa do Estoril.

O convite partiu do reeleito presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, cuja mulher é secretária de Vasco Franco na Câmara de Lisboa. O contrato, iniciado em Abril, vigora por um período de 18 meses.
A acumulação de vencimentos foi autorizada pelo Governo mas, nos termos do acordo, o salário de administrador é reduzido em 50% - para € 2.000 euros - a partir de Julho, mês em que se inicia a reforma, disse ao Expresso Vasco Franco.

Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos da fazenda pública para o bolo salarial do dirigente socialista reformado. A somar aos mais de € 5.000 euros da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco recebe ainda mais € 900 euros de outra reforma, por ter sido ferido em combate em Moçambique já depois do 25 de Abril (?????), e cerca de € 250 euros em senhas de presença pela actuação como vereador sem pelouro.

Contas feitas, o novo reformado triplicou o salário que auferia no activo, ganhando agora mais de 1200 contos limpos. Além de carro, motorista, secretária, assessores e telemóvel.

quarta-feira

Crise? Qual crise?

Imagine que tinha conseguido um emprego em que lhe
pagavam um salário de 300 000,00 € por ano, lhe atribuíam um
potente BMW 530D com motorista para passear, e o Estado ainda
lhe concedia crédito bonificado para comprar casa!
Era caso para perguntar: Crise? Qual crise?
Perguntará o leitor onde é que existem empregos desses.
Pois a verdade é que esses empregos existem mesmo. Aqui em
Portugal!
Enquanto a maioria aperta o cinto, um pequeno grupo de
privilegiados consegue levar uma autêntica vida de nababo!
Este número d’A VERDADE vailhe
revelar quem são, o que fazem,
e quem paga os salários destes portugueses
Pagos a Peso de Ouro.
O actual Governador do Banco de Portugal é Vítor
Constâncio, os ViceGovernadores
são José
de Matos e Pedro Duarte Neves, são
administradores José Silveira Godinho,
Manuel Sebastião e Vítor Pessoa.

Vítor Manuel Ribeiro Constâncio
(Lisboa, 12 de Outubro de 1943) é um
político e economista português.
Foi secretáriogeral
do Partido
Socialista de 1986 a 1989. Foi candidato
derrotado a primeiroministro.
Foi governador do Banco de
Portugal, entre 1985 e 1986, tendo sido
depois renomeado para as mesma funções em
Fevereiro de 2000.
Vítor Constâncio é licenciado em
Economia pelo Instituto Superior de Ciências
Económicas e Financeiras de Lisboa.
Foi secretário de Estado do
Planeamento nos dois primeiros Governos
Provisórios, entre 1974 e 1975. Foi ainda
Secretário de Estado do Orçamento e do
Plano no VI Governo Provisório em 1976.
Em 1976, foi eleito deputado à Assembleia
da República, tendo sido também eleito em
1980 e 1987. Em 1977, subiu à presidência
da Comissão para a Integração Europeia,
cargo que voltaria a ocupar em 1979. Mário
Soares fez dele seu ministro das Finanças e
do Plano, no II Governo Constitucional em
1978.
No Banco de Portugal, foi director de
Estatística e Estudos Económicos em 1975.
Em 1977, é vicegovernador,
cargo que
ocupou também em 1979, e de 1981 a 1984.
Entre 1995 e 2000, trabalhou no
sector privado, como administrador do
Banco Português de Investimento e da
Electricidade de Portugal (actual EDP).
Academicamente, ficou célebre por
nunca ter terminado o doutoramento que
começou, mas chegou a professor
catedrático convidado do Instituto Superior
de Economia e Gestão em 1989. (Afinal não
é só o Sócrates!)
O conselho de administração do Banco de Portugal custa mais de 1,5 milhões de euros por
ano. Administradores acumulam pensões do Banco de Portugal.
Apenas cinco nomes, onde se inclui o do próprio Constâncio, conseguem arrecadar 1,532
milhões de euros em salários durante um ano de trabalho no Banco de Portugal (BdP).
Traduzindo em escudos, tratase
de qualquer coisa acima de 305 mil contos por cada ano
civil. Tudo permitido por lei. Vítor Constâncio lidera um dos conselhos de administração mais bem
pagos do país.
Da próxima vez que Vítor Constâncio à saída de qualquer encontro, com qualquer
Presidente da República, invocar os conhecidos "chavões" de contenção salarial e reforma
estrutural das negociações salariais, haja algum repórter que lhe lance na cara estes números.
Acresce ainda que todos têm direito a carro de alta cilindrada e a motorista próprio.
Sempre que foi instado a revelar os valores exactos auferidos o Governo remeteuse
ao silêncio quanto aos faraónicos vencimentos e reformas do conselho de administração do Banco
de Portugal.
O Banco de Portugal remete para o Ministério das Finanças. Do Ministério das Finanças,
a resposta é que é o próprio Banco de Portugal quem deve esclarecer a questão. Ambos, em
separado, limitamse
a remeter para a lei que criou a comissão de fixação de vencimentos. Não é
possível, sequer, saber quem são, em concreto, os actuais membros dessa comissão.
Escusas, no seu conjunto, como se esta fosse uma matéria reservada ao segredo dos deuses,
que só adensam os motivos de preocupação e agravam o escândalo relativo às mordomias de que
beneficiam o governador do Banco de Portugal e seus pares com assento na administração.
Em comparação, nos EUA, o salário do presidente da Reserva Federal é público e está
disponível no ‘site’ da instituição, ao alcance de qualquer internauta. Basta um clique em
http://www.federalreserve.gov/generalinfo/faq/faqbog.htm. Em Portugal, os vencimentos dos
dirigentes do Banco de Portugal não são públicos. Por essa razão, há mesmo abusos escandalosos
e uma total falta de transparência.

Vítor Constâncio ganhou mais de 280
mil euros só em 2006!
Os rendimentos do trabalho
dependente de Vítor Constâncio totalizaram
os 280 889,91 euros em 2005. Neste ano, só
em aplicações financeiras e contas
bancárias, o governador do Banco de
Portugal declarou um montante global de
570 454,00 euros.
Estes são alguns dos números que se
podem retirar da declaração que o
governador do banco central entregou no
Tribunal Constitucional (TC), relativas aos
anos de 2005 e 2004.
Vítor Constâncio é ainda titular,
nalguns casos a meias com a sua mulher, de
uma habitação em Oeiras, 25% de um outro
apartamento e de quatro prédios urbanos
na zona de Estremoz.
Em comparação com 2004, a situação
económica do governador não se alterou
significativamente: ganhou nessa altura
272 628,08 euros, não tendo modificado a
carteira patrimonial ao nível imobiliário.
As instituições financeiras nas quais
Vítor Constâncio mais confia são o Banco
Português de Investimento, a Caixa Geral
de Depósitos e o Banco Espírito Santo.
Aparente adepto de não pôr todos os
ovos no mesmo cesto, Constâncio colocou
no BPI a fatia maior das suas poupanças:
192 180,00 euros num fundo de
investimento; 50 256,00 euros num plano
poupançareforma
(PPR); 204 454,00 euros
numa aplicação de capitalização; 16 664,00
euros numa carteira de títulos e ainda 65 810,00 euros em produtos derivados de
bolsa.
Na CGD, o governador do Banco de
Portugal tem um depósito a prazo de
119 222,00 euros e 86 680,90 euros num
fundo de investimento.
O BES é responsável pela gestão de
um outro fundo de investimento mais
modesto, no valor de 21 868,00 euros.
O rendimento anual do governador do
BdP aumentou em 2006, ascendendo neste
ano a um valor de 282 191,00 euros, um
acréscimo de 0,46 por cento face aos
280 889,91 euros ganhos em 2005.
A consulta da declaração de
rendimentos entregue por Vítor Constâncio
no Tribunal Constitucional revela que o
governador do BdP contava também, em
conjunto com a mulher, em 30 de Junho
deste ano, com uma avultada carteira de
activos financeiros: 209 637 euros em
aplicações de capitalização; 198 239 euros
em fundos de investimento; 114 438 euros
em depósitos a prazo; 60 775 euros numa
carteira de derivados; 50 690 euros em
planos de poupança, entre outros. Por
comparação, em 2005, os fundos de
investimento ascendiam a 192 180 euros.
A fazer fé na declaração de 2005,
Vítor Constâncio não tem dívidas, tendo
liquidado no ano anterior o remanescente de
um crédito imobiliário.

José Agostinho Martins de Matos
A consulta das declarações de
rendimentos de 2005 permitiu ainda concluir
que o vicegovernador,
José Agostinho
Martins de Matos ganhou 244 536,00 euros.
Do ponto de vista de aplicações
financeiras, Martins de Matos tinha
investidos mais de 142 000,00 euros, no final
de 2005,
Pedro Duarte Neves
Já Pedro Duarte Neves, que foi
nomeado vicegovernador
em 2006, ganha
254 586,00 euros.
Pedro Duarte Neves que foi
presidente da Anacom entre Setembro de
2004 e Junho de 2006, tem mais de
331 000,00 euros em aplicações financeiras.
José Silveira Godinho
O recordista dos rendimentos brutos
do trabalho dependente no Banco de
Portugal é um dos administradores: José
Silveira Godinho.
Entre os restantes três administradores
verifica se
que José Silveira Godinho é o que
tem mais dinheiro investido. Tem perto de
1 200 000,00 euros distribuídos por vários
bancos em depósitos, aplicações financeiras,
seguros e aplicações de capitalização. Numa
empresa de gestão de activos, o
administrador tem ainda um património total
superior a 80 000,00 euros dos quais uma
fatia está investida em “Football Players
Sporting”.
Este ex membro
do conselho de
administração do então Banco Espírito Santo
e Comercial de Lisboa (BESCL) foi, no
entanto, o que menos ganhou do ponto de
vista salarial, tendo auferido apenas
224 634,00 euros em 2005.
Convém referir que José Silveira
Godinho, antigo ministro da Administração
Interna dos governos de Cavaco Silva
reformou-se
do Banco de Portugal na
categoria profissional de director e acumula
o seu salário com uma pensão anual de
139 550,00 euros como reformado do Banco
de Portugal.
A soma dos dois dá 364 184,00
euros!
Sem dívidas ao banco está igualmente
Silveira Godinho.
Manuel Sousa Sebastião
Com um rendimento declarado de
226 081,00 euros, Manuel Sousa Sebastião
chegou a investir mais de 386 000,00 euros
nesse ano.
Manuel Sebastião pediu um
empréstimo ao BPI, mas este administrador
apenas declara a situação líquida, pelo que A
VERDADE não contabilizou o dinheiro em
falta.

Vítor Manuel Pessoa, apesar de ter
sido entre os seis responsáveis do banco
central com menos rendimentos (225 240,00
euros) e um dos com o menor volume
de aplicações financeiras declaradas
(218 225,00 euros), foi o que apresentou o
mais vasto património imobiliário e
automobilístico: com dez imóveis e seis
viaturas.
Acrescentese
a isto que Vítor Pessoa
também é reformado recebendo 30 101,00
euros de pensão, que neste caso não é paga
pelo fundo de pensões do Banco de Portugal,
e que acumula com o ordenado.
O total é de 255 341,00 euros ano!

Um potente BMW 530 D foi comprado para o Dr. Vítor Constâncio se pavonear.
O banco central, de resto, leva a sério
a qualidade de vida dos seus servidores. Só
no último ano e meio, o banco comprou, 26
viaturas por 1,2 milhões de euros.
Toda a administração tem ainda
direito a carros de alta cilindrada, novinhos
em folha, e a motorista próprio.
As marcas e modelos, esses,
provavelmente variam segundo os refinados
gostos de cada, indo, do potente BMW 530
D de Vítor Constâncio (no valor de 13.400
contos) até ao não menos potente Saab
Sport Sedan 2.2 (no valor de 7400 contos),
passando pelo Volvo V40 1.9 D, no valor de
7363 contos, todos eles atribuídos a outros
administradores.
E até o motorista pessoal de
Constâncio teve direito a um Peugeot 206. É
o único motorista do banco com direito a
viatura própria.
E isto num país com 2 milhões de
pobres e onde se pedem sacrifícios a toda a
população!


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Extractos retirados da " A VERDADE" e assinados por
Manuel Rodrigues Cunha

terça-feira

Norte de Angola-Dembos-Úcua-Pedra Verde


Fotos da famosa Pedra Verde na zona do Úcua, de onde foram feitas muitas emboscadas ao exército português. Lembram-se do mata alferes?

Norte de Angola-Dembos-Quibaxe



Recebida ontem, esta foto foi tirada já neste mês. Para quem esteve nestas bandas, deverá lembrar-se de que a primeira casa á esquerda era o Sá-Bar e numa das casas em frente era uma escola de condução onde muito militar tirou a carta (num carocha).

sexta-feira

Viver em Setúbal e Trabalhar na Setenave



Decorria o Abril de 1976. Recomeço de vida a correr normalmente, apenas com o problema de não arranjar habitação. Consegui alugar um quarto com serventia de cozinha e em menos de um ano dei entrada para a compra de um apartamento na Hurbisado, em Setubal.
A minha mulher consegue emprego primeiro que eu e passado pouco tempo entro para os armazens gerais da Setenave.
A adaptação a Portugal fez-se com tranquilidade e normalidade.

terça-feira

Regresso a Portugal


Setubal

Como já disse saí de Angola em fins de Outubro de 1975 com passagem por Setúbal para me reencontrar ao fim de 6 meses com minha mulher e filho. A familia da minha mulher era natural daquela cidade, daí os meus terem ido para lá. Ao fim de uma semana juntámos os poucos tarecos que tinhamos e partimos para Celorico da Beira-Gare, local onde os meus cunhados tinham uma casa. Optei por esta situação devido ao facto de ter ficado assente ainda em Angola, que abririamos uma oficina de reparação automóvel, com todos os que trabalhavam na Auto-Obelisco e que tinham vindo para Portugal. Como a grande maioria estava naquela zona para mim foi a melhor solução,pensava eu!
Ao fim de um mês cheguei á conclusão que tudo não passou de uma promessa sem fundamento e assim só andei a gastar o pouco dinheiro que tinhamos. E em Setúbal tinha eu negado uma proposta de emprego, uma vez que já estava comprometido...
Há que juntar novamente os trapos e regressar a Setúbal, ficando nós a viver na mesma casa onde estavam os meus sogros. Claro que fui logo ter com a mesma pessoa que me havia oferecido uma proposta de emprego e felizmente a Setenave continuava a receber pessoal. Fui contratado para lá em Abril de 1976.
Nada mau, emprego ao fim de 5 meses!

domingo

Angola Como Te Amo



Uma vez mais não resisti a retirar do Fórum Sanzalangola, esta verdadeira declaração de amor a Angola.

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RE: MPLA Movimento Popular de Libertação de Angola

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Isto aqui, é um sítio de FIRMEZA, d'aceitação de

princípios que nascem da nossa vontade de ser

ANGOLANO.

Eu sou,

um Militante do Movimento POPULAR

de LIBERTAÇÃO de Angola, que é o MPLA que,

acima da minha vida pessoal e profissional, me guia

na senda da luta em que me envolvi há mais de 35

anos.


Com jovialidade e alguma compreensão, gosto de ver

rostos novos a aparecer aqui na nossa Angola.

É o caso do Zé Magro.


Mas, nesta hora decisiva, séria e da VERDADE, eu,

o Kapofy, qu'aqui vivi e passei o que só eu sei,

nós, como o Jotta, o Quilha, a Mariza, o Tendinha,

o General Farrusco,.......outros tantos mais, penso

que temos o direito de afirmar apenas o seguinte:

Nós vamos ficar sempre iguais a nós. Vamos, como

escreveu bem Morris West e na qualidade de Lobos,

"morrer na nossa própria pele".

Numa altura decisiva e dramática da nossa História,

cada um de nós, ao pôr o XIS no nosso boletim de

voto, vai-se comover.

Serão segundos fugidios, de reflexão, será -estou

certo - aquele momento em que pensarei no verda-

deiro KAPOFY, o Comandanbte Cow-Boy a morrer

lá em Ondjiva, o instante em que, por exemplo o

Jotta, andava a voar por tudo o que era Angola,

a municiar as tropas e a entregar alimentos.


P'ra mim, o acto de ir votar em 5 de Setembro,

envolve uma atitude de quase religiosidade, uma

maneira de estar na vida que transcende o vulgar,

uma ocasião singular em que te vais sentir soberano

e independente.

Por fim, depois disso passar, lá fim da tarde do

5 de Setembro, pode ser nas Grandes Mulembas

da Maianga, pode ser lá Bairro Azul do Jotta, vamos

então sentar.

Olhamos uns pr'ós outros, pegamos a Cuca, tran-

quilos e ANGOLANOS, estamos perto do Mar, do

Nosso Mar, e o Céu está cinzento e o cacimbo d'ir em-

bora já. Há entre nós a cumplicidade inevitável......



Conosco pode e deve estar amigos doutro partido.

Não importa, são Angolanos, parece quando isso

acontece, ainda fica melhor.

A Cuca "estala de gelada", os do EME e os outros

querem só mesmo saber o bem p'rá NOSSA TERRA.

Ficamos ali, juntos,

SOMOS ESPECIAIS E ESTAMOS JUNTOS

A FIRMEZA vai continuar.

A NOSSA ANGOLA continua de ficar bem que

BONITA!


Kapofy

__________________

terça-feira

O Meu Regresso á Vida Civil


Em 1 de Setembro de 1969 passei á disponibilidade e regressei ao Lobito e á minha vida civil depois de andar práticamente 4 anos de farda ás costas. De regresso tambem á Socorel mas apenas por alguns mêses devido a ter recebido uma oferta para ir trabalhar para a Auto Central (Toyota)a ganhar o dobro do ordenado. Em 1970 casei-me e no ano seguinte sou pai. Tudo corre normalmente até 1973 altura em que vou trabalhar para a Auto Obelisco, ficando no stand de vendas de viaturas novas (Peugeot) e usadas que ficava no prédio dos Cabrais. Chega o 25 de Abril de 1974 e mudo de casa, da Caponte para o Bairro da Luz. Tanto eu como a minha mulher não temos qualquer ideia em vir para Portugal, até que num determinado dia de Junho de 75 tive de ir á pressa ao bairro devido a um tiroteio intenso que se estava a desenrolar. Fui dar com a minha mulher e o meu filho debaixo da cama, a chorarem e tremendo de mêdo. A pedido deles no outro dia fui tratar de passagens para os dois conseguindo-as graças a um amigo de uma agência de viagens. Acompanhei-os até Luanda no friendsheep e depois de terem embarcado em voo Tap para Lisboa fiquei mais uns dias na capital antes de regressar ao Lobito. Passados uns dias dão-se os confrontos entre os 3 movimentos, ficando a cidade dividida em três partes. Nesta altura já tinha entregue a casa do Bairro da Luz ao senhorio e vivia numa casa antiga que ficava na travessa onde é a igreja Sagrado Coração de Jesus e já na esquina para a 1º de Dezembro (rua do porto). Este confronto durou cerca de 15 dias e depois a vida na cidade regressou mais ou menos á normalidade. Eu digo mais ou menos, porque a partir daqui começaram a faltar alguns bens necessários ao nosso dia a dia. Mas dava para se ir vivendo.
Como eu tinha dito ao meu amigo da agência de viagens, que quando ele se viesse embora eu tambem vinha, em fins de Outubro de 75 assim aconteceu. Foi num sábado depois de almoço, nunca mais me esqueço de tal dia...

Mais um Velho Mano que Partiu



Faleceu ontem um Grande Amigo meu, companheiro de 25 meses de Norte de Angola. João Eurico Seca Ruivo regente agricola do Chivinguiro e Furriel Miliciano (enfermeiro).
Passámos juntos dezenas e dezenas de noites na messe, enquanto todo o mundo já dormia. Centenas de horas de conversa, muitos copos, muitas bebedeiras, muitas risadas, muitos momentos de nostalgia com saudades das namoradas e da familia. Há uma passagem que nunca esqueci e nunca esquecerei, que vou partilhá-la convosco:

Estávamos no ano de 1969, precisamente a 20 de Julho dia da chegada dos americanos á Lua. Encontrávamo-nos na localidade de Pangualuquen, Dembos. Claro que era mais uma noite de conversa e muitos copos, até que ouvimos na rádio a noticia da conquista da lua. E para celebrar o acontecimento resolvemos ir para a rua, seriam 2 da manhã. Toda a gente dormindo, civis e militares. Andávamos como se estivessemos em solo lunar, sem gravidade (em camara lenta). Depois agarrei numa pedra e lancei-a ao Ruivo atirando-me ele outra. Pedra para cá pedra para lá, até que uma foi partir um vidro de uma janela na casa do civil. Passaram logo os copos e fujimos a bom fujir cada um para o seu quarto.

Descansa em paz João.

Descolonização de Angola

Este texto, foi retirado de um forum (Sanzalangola) e escrito por Jorge Joaquim residente na cidade de Luanda. Com a devida vénia, transcrevo-o para o meu blogue, porque gostava muito que tivesse sido escrito por mim.

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O conflito entre o governo colonial português e os povos do ultramar, era real e fazia parte da agenda da política internacional.

O fascismo português era cego. Podes começar a encontrar o 1º culpado. Aponta esse. Assim já tens 1 culpado. O primeiro culpado. Não entenderam atempadamente que tinham que promover a independência das colónias.

A seguir que mais culpados queres? Vamos ver se encontramos o segundo culpado?

Então vamos a isso.

Em Portugal o regime fascista só podia cair pela força. Pois esse regime nunca abriu a porta para ser ele a conduzir a abertura à democracia. Quando assim é...só pela força. Pelas armas. Foi isso que aconteceu. Os que tinham as armas fizeram o 25 de Abril.

Em Portugal a democracia foi alcançada. Fez o seu percurso. O país não entrou em guerras, não se dividiu.

O que aconteceu nas colónias?

Aqui começamos a encontrar o segundo culpado. O novo poder de Lisboa, não esteve à altura das responsabilidades históricas para com o seu império.
E não esteve em consequência do passado fascista. Do Primeiro culpado.
As coisas precipitaram-se. Portugal foi a única potência colonial que faz a descolonização estando eles próprios a passar por uma transformação política. O forte contingente de esquerda da nova liderança do novo poder político e militar de Lisboa não foi responsável na condução do processo de descolonização. O centro e a direita política não teve força para se impor, e desiste naturalmente de intervir no processo de descolonização. As colónias deixaram então de ter interesse, agora a luta política teria que ser em Portugal.

Todos os políticos em Portugal quiseram então resolver, melhor dizendo, sacudir esse problema.

Negociaram rapidamente e mal a transição para as independências das colónias. A sociedade civil das colónias não foi ouvida.

As negociações fizeram-se com os que fizeram a luta armada, ou a resistência política organizada como no caso de São Tomé e Príncipe.

Mas isso foi um erro. Porque mais uma vez as populações não foram ouvidas.

Passaram de uma tutela, a colonial fascista, para outra, a dos Movimentos de Libertação.

Ninguém lhes perguntou quantos dentes tinham na boca.

Meus amigos, disseram os que se despediam depois de 500 anos; Agora os novos patrões aqui são estes. E ponto final.

Aqui tens o Segundo Culpado. Resumidamente claro. Aponta lá mais esse. O novo poder de Lisboa. Já vamos no Segundo Culpado. Mas não ficamos por aqui.

Vamos falar do terceiro. E aqui passo só a falar de Angola. As outras colónias ficam de fora.

Em Angola os 3 movimentos eram reféns das ajudas externas que beneficiaram durante os longos anos da guerra colonial. Eram reféns da tal de política internacional. Dos blocos da época. Da Guerra-Fria.

Os movimentos de libertação em Angola estavam tão preparados para governar Angola como eu para ser agora o novo secretário da Nações Unidas.

Depois ainda foram muito ingénuos. Tocaram a música dos interesses externos. Todos eles. O MPLA, a FNLA e a UNITA. A agenda deles era tomarem o poder. E passar a perna aos outros. E (incentivados) ao som da música dos que os andaram a financiar anteriormente.

Aponta aí o terceiro culpado. MPLA, FNLA, UNITA. Falharam claramente os três.

Vamos ao quarto culpado? É fácil. Estados Unidos da América e URSS. Que arrastaram o planeta todo na sua guerra para imporem a sua vontade. Aponta então estes.

Depois o que se passou já sabes tu. Que optas-te por apanhar o avião e bazaste.

Os que optamos por ficar também sabemos.

E depois aqui cada um alinhou naquilo que nos apresentava o quer era o melhor para si e para o país.

E resistimos 34 anos. Foram longos anos de espera para chegarmos aqui.

Quando isto podia ter sido resolvido de outra forma há 50 anos atrás. Meio século é muito tempo meu amigo.

Meu caro. Resumidamente e superficialmente te disse aqui o que penso. E fico espantado que ainda haja quem não entenda o que se passou.

E venham aqui com as tretas que foi Abril, que foi isto e mais aquilo. Foi é o somatório de tudo isso.

Mas o primeiro terá que ser sempre o fascismo português. Os fascistas coloniais serão sempre os primeiros culpados.

Que não souberam enxergar a história. Até os do apartheid souberam ver a hora de mudar de rumo.
Quanto mais extremas as posições, mais complicadas ficam as situações.

Angola devia ter sido independente no princípio dos anos 60. Essa é a verdade.

Kandandus.

domingo

Flor do Maracujá




É a flor mais espectacular que já vi e sabem que segundo os botânicos, é uma planta
hermafrodita e polinizada pelo vento. Os estames são aquelas das pontas e
necessitam de ser abanados para o pólen cair sobre o estigma situado no meio
dos estames.

quarta-feira

Tari-Norte de Angola


Jogando uma partida de "Carapou" com o meu camarada Farinha.Reparem nas linhas do mobiliário, é estilo "barril"

Uma Viagem Inesquecivel

Claro que em todo o meu tempo de tropa tenho muitas histórias para contar, mas escolhi esta:

A Grande Viagem
Decorria o ano de 1966 e eu frequentava o 1ºCiclo do Curso de Sargentos Milicianos em Nova Lisboa-Angola.A determinada altura foi-nos concedida uma licença de 3 dias de férias,oportunidade para ir até ao Lobito matar as saudades da terra e principalmente da namorada.Como o dia de apresentação era a uma 2ªfeira ás 8 horas, não podiamos regressar de comboio uma vez que essa era a hora da sua chegada á estação,ficando esta bastante longe do quartel.Combinámos então entre os Lobitangas levarmos as motorizadas no comboio e assim já podiamos regressar a tempo e horas.
Passados os 3 dias (como passaram depressa) lá fui eu bem enroupado,com o depósito atestado da minha Florett para o local préviamente combinado afim de partirmos todos juntos.Já passava muito da hora combinada e alem de mim só apareceu o Mateus e que por sinal era um dos penduras.Resolvemos ir á estação dos caminhos de ferro e lá estavam todos para irem de comboio uma vez que os pais não os deixaram fazer aquela loucura.
Seriam umas 5 da tarde e lá arranquei eu com o Mateus a caminho de Nova Lisboa que fica a cerca de 350 kms,do Lobito.Os primeiros 40-50 Kms até ao Pundo tudo asfalto e depois 250 Kms em terra batida e picada até ao Alto-Hama, onde chegámos por volta das 8 ou 9 da noite.Comemos qualquer coisa e juntamente com outros camaradas que vinham de Luanda fizemo-nos á estrada para os últimos 6o Kms já em asfalto.Viagem fantástica, numa motorizada fantástica!
A 10 Kms da chegada a moto foi-se abaixo, acabou-se a gasolina!Nunca mais me lembrei de tal coisa, e agora? Um dos companheiros de Luanda prontifica-se a ir a N.Lisboa e trazer-nos combustivel suficiente para o resto da viagem.Assim foi.Transportou o precioso liquido numa lata que tinha sido de óleo,que o empregado das bombas lhe arranjou.Deitada a gasolina no depósito, há que dar ao pedal de arranque mas nunca mais pegou.Nem de pedal nem de empurrão.Viu-se vela,platinados,e nada,a rapariga nunca mais trabalhou. E pronto lá fomos a pé os tais 10 Kms que para ajuda eram todos a subir...nunca a mota me pesou tanto!
Depois do dia de recruta e a seguir ao toque de ordem,fui buscar a motorizada á oficina onde a tinha deixado para o respectivo arranjo.Perguntei o que tinha acontecido e foi-me dito pelo mecânico que a moto não queimava água.Água?Mas como água? Eu não sei você é que tem de saber como é que o carburador estava cheio de água,responde-me o dono da oficina. Chegámos então á conclusão de que foi o empregado da bomba que ao meter a gasolina na lata não reparou que a mesma tinha alguma água no fundo e como é mais pesada que a gasolina foi ela que ficou no carburador e daí o nosso azar.
Mas o mais giro é que a cambada que regressou de comboio,embora entrando atrasados safaram-se de levar uma "porrada" porque o Comandante da Companhia foi um porreirão.
Mas não pensem que me arrependi de ter feito aquela fantástica viagem!Ainda fiz mais 3 e sempre de mota ...

Nambuangongo 1967

O Meu 1º Sargento de Dia-1966

Recruta-Nova Lisboa

Serviço Militar-E.A.M. - Nova Lisboa


Seis mêses de Curso de Sargentos Milicianos em Nova Lisboa na E.A.M. Já como 1ºCabo Miliciano fui transferido para o Regimento de Infantaria 21, ali mesmo ao lado só com o arame farpado a separar. Durante 9 mêses estive como se fosse um amanuense na Secção Pessoal tendo evitado assim o "sofrimento" de dar recrutas. Naquela secção tive opportunidade de ver na escala de sargentos que o mais certo era cumprir o meu tempo de tropa sem ir para uma zona operacional, devido à minha classificação no curso me ter dado uma antiguidade ficando com muitos camaradas meus á frente para serem incorporados nas companhias que o Regimento formava quer para o Norte quer para o Leste. Engano total, até fomos promovidos a Furrieis Milºs. mais cedo para a grande maioria de nós ser incorporado em Batalhões que chegavam de Portugal sem aqueles graduados. Sendo assim, lá fui incorporado numa Companhia de Caçadores do Regimento com destibo ao Norte de Angola por 24 mêses que na realidade foram 25.Locais onde estive, Nambuangongo, Maria Fernanda, Onzo, Tari, Sande, Três Marias, Ucua, Pangualuquem, Quibaxe, Terreiro e muitos outros. Regressámos a Nova Lisboa com 1 morto e muitos feridos e ao chegarmos ao Regimento os nossos camaradas já há um mês que haviam passado á disponibilidade.

domingo

Ida Para a Tropa


Escola de Aplicação Militar



Em 13 de Agosto de 1965 fui á inspecção militar e como já esperava fiquei apurado para todo o serviço militar. A partir daqui foram mêses de ansiedade e receio com o que se iria passar na minha vida. Tive de convencer o meu pai a deixar-me comprar uma motorizada nova para levar comigo, uma vez que o quartel em Nova Lisboa ficava algo distante da cidade. Tarefa bem dificil devido "á alergia" que o meu velhote tinha (e tem ainda) ás "máquinas". Alem disso havia que poupar uns dinheiritos para ajudar durante os 7 mêses de recruta, uma vez que durante aquele tempo não se ganhava nada e por vezes ainda ficàvamos a dever! Que tortura com o aproximar da data de apresentação, deixar a namorada, deixar o meu pai pela primeira vez, o Lobito, uma grande agonia. Até que chegou o dia da partida, 12 de Abril de 1966, estação do CFB no Lobito, a meio da tarde lá vou para Nova Lisboa na companhia de muita malta com o mesmo destino. Na estação de N.Lisboa tinha á espera 2 grandes amigos lobitangas, O Simões e o Costinha (filho do sapateiro do Compão)que na altura já eram Cabos Milicianos. Levaram-me para o quarto deles onde fui encontrar tambem o Freire e o Braga. Todos estes 4 amigos tinham sido meus companheiros na Escola Comercial do Lobito. Dia 14 de Abril dei entrada na Escola de Aplicação Militar para frequentar o Curso de Sargentos Milicianos e a partir daí andar com uma farda perto de 4 anos!!!

terça-feira

SOCOREL

O Meu Primeiro Emprego


Na Socorel-da esquerda para a direita de pé-Amadeu-Pinto- de joelhos eu,Brandão e João.


Na Socorel, estabelecimento onde trabalhava o meu pai, comecei a trabalhar no escritório e no posto mais "baixo" como é de calcular, tendo como ordenado mensal 300 escudos. Atenção que estávanos no ano de 1959. E o meu serviço era numerar os blocos de facturas, notas de crédito, notas de débito, vendas a dinheiro etc.etc.Fazer o arquivo nacional. Engraçado que todos os mêses era aumentado cem escudos. Passado um ano passei para o serviço do correio, que alem de ter de fazer os envelopes para o envio de facturas e outros documentos para os clientes, tinha de os selar bem como toda a correspondencia que era feita por vários colegas. Eram montanhas todos dias, ás 3 da tarde vinham 2 continos colar os selos naquelas cartas todas. As cartas cujo destino eram o Lobito, eram enviadas pelos mesmos continos por meio de protocolo. No ano a seguir passei para o arquivo estrangeiro onde tambem tinha de 3 em 3 mêses de preencher os Boletins de Registo de Importação, os célebres BRI´s.Passados que foram mais uns tempos, cheguei á secção de contabilidade mais própriamente para trabalhar com uma máquina mecanográfica NCR, fazendo o Devedores e Credores. Mais tarde, com 20 anos, cheguei a Caixa. No ano de 1966 já com um vencimento de 3.500$00 ingressei no serviço militar, tendo guardado um determinado valor que deu para viver os 7 meses de recruta e levado uma Florett novinha comprada na Socorel.

sexta-feira

Vida Escolar


Da esquerda para a direita, Costinha - Freire e eu,na sala de trabalhos manuais da Escola Comercial.


Minha vida escolar

Aos 6 anos de idade fui frequentar a escola primária para o Colégio Luis de Camões da D.Estrela e Sr.Felicio. Como tinham um filho, o Luis, que era mais novo que eu um ano, acabei por ser tratado como mais um filho. Andei no colégio até ter feito o exame da Admissão aos liceus. A seguir fui frequentar o Curso Comercial para uma escola que funcionava no edificio do Sindicato. Nas horas de "borla" iamos tomar banho em pelota para as portas do mar. Tinha 9 anos e já tinha feito o 1º ano, graças a ter feito no mesmo ano a 1ª e 2ª classes. Em 1954 vim a Portugal com o meu pai, por ele ter direito ao gozo de 6 meses de férias (graciosa). Viemos no paquete Uige. Ao fim de estarmos cá 2 ou 3 meses só pedia ao meu pai para regressarmos ao Lobito. Deste tempo ficou-me na memória um mês que passámos na Figueira da Foz e uns passeios por Lisboa. Regressàmos ao Lobito, novamente no Uige e com passagem pela Madeira, Las Palmas e São Tomé. A escola onde tinha feito o 1ºano havia fechado, tendo aberto na Restinga a Escola Comercial do Lobito. Aos 14 anos resolvi parar com os estudos e ir trabalhar para a Socorel, tendo terminado o Curso à noite intervalando com muitas "aulas" na Boite Palmar na Restinga.

sábado

Lusitano Sport Clube


O meu pai é o 3º de pé da direita para a esquerda, e no mesmo sentido o Zé Águas é o 1º de joelhos e eu sou o mais novinho de todos.

Vida Nova


O Lobito em 1949 era uma cidade nova, tudo começava a nascer. As casa mais antigas ficavam na zona da Restinga e eram práticamente todas do C.F.B. De realçar a velha sede do Lobito Sports Clube com o seu cinema que pouco depois veio a ser substituido pelo Cine Impérium,o posto médico, o velho tribunal, o Palácio do Governador. o Banco de Angola, todas feitas em madeira. Algumas delas ainda sobrevivem nos dias de hoje. O bairro do CFB para os seus funcionários. A Caponte estava a nascer, assim como as suas ruas. A ponte velha, onde não se cruzavam os carros por ser muito estreita. Tempo do Chicucuma!
Como o meu pai foi para o Lobito para jogar futebol no Lusitano Sport Clube e com emprego assegurado na Socorel, foi-lhe cedido no campo de futebol uma das cábines dos árbitros, que depois de pequenas alterações passou a ser a nossa nova morada. Ao lado. numa camarata viviam os jogadores solteiros, por isso não estávamos sózinhos. Não fôra as saudades de minha mãe e eu tinha tido uma infância 100% feliz. Não começava nenhum treino sem que primeiro eu tivesse á minha volta todas as bolas de futebol. Claro que passei a ser o mascote do Clube e acompanhava-o para onde quer que fosse. Na altura fazia parte da equipa o famoso e saudoso Zé Águas que mais tarde veio para o Benfica e foi por 2 vezes Campeão Europeu. Durante o dia e até fazer os 6 anos para ir frequentar a escola primária, ficava na Socorel onde era acarinhado por todos os empregados mas muito especialmente pela Noémia Couceiro, Beatriz Santiago, Guida Coquenão Chaves e Ivone Prazeres, todas empregadas de escritório e uns anos mais tarde minhas colegas de serviço.

A Minha Primeira Caçada

Viver No Lobito

Com quatro anos de idade como é natural, de pouco me lembro como era o Lobito em 1949.No entanto, digo que o bairro da Caponte embora já existisse, poucas casas tinha e as estradas estavam a nascer. A ponte, que acaba por ser a razão do nome do bairro, (Caponte-para cá da ponte) ainda era a antiga em que o transito se processava ora num sentido ora noutro por ser muito estreita. Como o meu pai foi para o Lobito para jogar futebol no Lusitano Sport Clube e já com emprego assegurado na Socorel, foi-lhe cedido pelo Clube uma cabine dos árbitros no campo de futebol, que depois de umas pequenas alterações passou a ser a nossa nova morada durante cerca de 5 anos. Não estávamos lá sózinhos uma vez que os jogadores solteiros tambem lá viviam numa camarata tipo tropa. Que belos anos ali passei, uma infancia perfeita embora sentisse muito a falta de minha mãe. Em contrapartida era mimado por toda aquela malta. Não começava nenhum treino de futebol sem que as bolas estivessem primeiro todas comigo. Claro que passei a ser a mascote do clube e sendo assim, não faltava a nenhuma viagem que tivessem de fazer. Na altura ainda fazia parte da equipa o célebre Zé Águas, que mais tarde veio para o Benfica tendo sido campeão europeu por 2 vezes. Durante o dia ficava na Socorel onde era acarinhado por todo o pessoal, mas em especial pela Noémia Couceiro, Guida Coquenão Chaves, Beatriz Santiago, Ivone Prazeres etc.etc.

quinta-feira

Mudança de Continente


O Navio Mouzinho de Albuquerque


Em Setembro de 1949, o meu pai já divorciado de minha mãe, resolve rumar para o Lobito-Angola, levando-me com ele tendo eu apenas 4 anos de idade. Convenhamos que foi uma grande responsabilidade que o meu pai criou, ao levar naquela época para África uma criança tão nova e como já disse sem mãe. Devo dizer no entanto, que a ideia inicial do meu pai não era esta, pois que quando saimos de Gouveia-Serra da Estrela donde sou natural, a passagem foi por Lisboa afim de eu ficar lá com uns familiares. Mas fiz um berreiro tal que o meu pai não teve outro remédio do que me levar com ele. Assim, a bordo do Mouzinho de Albuquerque lá zarpámos para África, tendo como companheiro de viagem o Rogério Bicho, mais tarde fundador da Casa Gouveense no Lobito. Desta viagem, ficou-me na memória um acidente de percurso que foi um passageiro ter-se atirado ao mar. O barco parou, foram atiradas redes e durante umas horas andou aos circulos mas não foi encontrado o corpo. O resultado deste acontecimento foi uma zanga entre o meu pai e o Rogério Bicho que durou muitos anos, devido ao meu pai ter-me deixado à sua guarda e no meio da confusão que se gerou no navio, acabei por me perder e ter causado um grande susto.

Foto da Nasa

sexta-feira

O Governo do Nosso Descontentamento

Este Governo não pára de nos surpreender, pela negativa claro!

Hoje no Jornal da Tarde da RTP fiquei banzado com aquela do pagamento de retroactivos aos reformados em 14 suaves prestações, sendo algumas no valor de 65 cêntimos. E ainda vem im lascarinha de m**** dizer que é para incentivar as pessoas para a poupança...Isto não tem comentários!

Mas para o jantar, estava uma ainda melhor! Depois de ouvir esta, penso que já não falta mais nada. isto é o fim!

Numa qualquer localidade do nosso País, por falta de uma sala para os pequenos terem "Ocupação de tempos livrres" foi decidido que aquelas horas seriam feitas..........................

NA CASA MORTUÁRIA


O que faltará mais?