Diabetes e a Dieta

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segunda-feira

Um Português Exemplar

Será que algum político actual  conhece a história deste homem?

Destes, nasceu uma vez UM! 
Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos. O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.
Este SENHOR era Manuel de Arriaga e foi o primeiro Presidente da República Portuguesa.


Pena ter-se extinguido a espécie!...

sexta-feira

Resposta Que Fez Calar Os EStados Unidos

Durante um debate numa universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF,ex-ministro da educação e actual senador CRISTÓVAM BUARQUE,foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia.  O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro. 

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é Nosso. 

Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade. Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.

Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. "Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto ao desemprego provocado pelas decisões arbitrarias dos especuladores globais.

Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.  Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.

Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.

Não faz muito tempo, um milionário japonês decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizo.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada.
Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris,Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo,deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Defendo a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. "Só nossa!.

(*) Cristovam Buarque, 58, doutor em economia e professor do Departamento de Economia da UnB (Universidade de Brasília), foi governador do Distrito Federal pelo PT (1995-98). Autor, entre outras obras, de "A Segunda Abolição" (editora Paz e Terra).






segunda-feira

Como Éramos Felizes!!!

Afinal de contas...
   Os carros não tinham cintos de segurança, apoios de cabeça, nem airbag!!
    As camas tinham grades e os brinquedos eram multicores com pecinhas que se soltavam ou no mínimo pintados com umas tintas  “duvidosas” contendo chumbo ou outro veneno qualquer.

Construíamos aqueles famosos carrinhos de rolamentos e aqueles que tinham a sorte de morar perto duma ladeira asfaltada, podiam tentar bater records de velocidade e até verificar no meio do caminho que tinham economizado a sola dos sapatos, que eram usados como travões...

Depois de Acabarmos Num Silvado Aprendíamos!
Íamos brincar na rua com uma única condição:  voltar para casa ao anoitecer.
Não havia telemóveis...

Os nossos pais não sabiam onde estávamos!
Era incrível!


Tínhamos aulas só de manhã, e íamos almoçar a casa.
Quando tínhamos piolhos a nossa mãe lavava-nos a cabeça com Quitoso e com um pente fininho removia a piolhada toda.

Braço engessados, dentes partidos, joelhos esfolados, cabeça rachada
Alguém se queixava disso?
Todos Tinham Razão Menos Nós...

Comíamos doces à vontade, pão com Tulicreme, bebidas com o (perigoso) açúcar. Não se falava de obesidade, brincávamos sempre na rua e éramos super activos ...
Quando comprávamos aqueles tubinhos de Fá naquela mercearia da esquina, vinha logo o pessoal todo a pedir um “coche” e dividíamos com os nossos amigos. Bebiam todos pelo mesmo tubinho e nunca ninguém morreu por isso ....
Quem não teve um cão?

Nada de ração. Comiam a mesma comida que nós (muitas vezes os restos), e sem problema nenhum!
Banho quente? Champô?
Qual quê! No quintal, um segurava o cão e o outro com a mangueira (fria) ia jogando água e esfregava-o com (acreditem se quiserem) sabão (em barra) de lavar roupa!
Algum cão morreu ou adoeceu por causa disso?

A pé ou de bicicleta, íamos à casa dos nossos amigos, mesmo que morassem a kms da nossa casa, entrávamos sem bater e íamos brincar.

É verdade! Lá fora, nesse mundo cinzento e sem segurança! Como era possível? Jogávamos futebol na rua, muitas vezes com a baliza sinalizada por duas pedras... Ás vezes quando éramos muitos tínhamos que ficar de fora sem jogar nem ser substituído... mas nem era o “FIM DO MUNDO”!

Na escola tinha bons e maus alunos. Uns passavam e outros eram reprovados. Ninguém ia por isso a um psicólogo ou psicoterapeuta. Não havia a moda dos superdotados, nem se falava em dislexia, problemas de concentração, hiperactividade. Quem não passava, simplesmente repetia de ano e tentava de novo no ano seguinte!
As nossas festas eram animadas por gira-discos , a fazerem aqueles cliques da agulha a deslizar nos discos de vinil. As bebidas, eram claro, a deliciosa groselha com cubinhos de gelo

Tínhamos:

Liberdade,
Fracassos,
Sucessos e
Deveres.

...e aprendíamos a lidar com cada um deles!

A única verdadeira questão é:
como conseguimos sobreviver? 
E acima de tudo, como conseguimos desenvolver a nossa
   personalidade?
Sem dúvida vão responder que era uma chatice, mas ...
  
Como éramos felizes!!!