Diabetes e a Dieta

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quarta-feira

Crise? Qual crise?

Imagine que tinha conseguido um emprego em que lhe
pagavam um salário de 300 000,00 € por ano, lhe atribuíam um
potente BMW 530D com motorista para passear, e o Estado ainda
lhe concedia crédito bonificado para comprar casa!
Era caso para perguntar: Crise? Qual crise?
Perguntará o leitor onde é que existem empregos desses.
Pois a verdade é que esses empregos existem mesmo. Aqui em
Portugal!
Enquanto a maioria aperta o cinto, um pequeno grupo de
privilegiados consegue levar uma autêntica vida de nababo!
Este número d’A VERDADE vailhe
revelar quem são, o que fazem,
e quem paga os salários destes portugueses
Pagos a Peso de Ouro.
O actual Governador do Banco de Portugal é Vítor
Constâncio, os ViceGovernadores
são José
de Matos e Pedro Duarte Neves, são
administradores José Silveira Godinho,
Manuel Sebastião e Vítor Pessoa.

Vítor Manuel Ribeiro Constâncio
(Lisboa, 12 de Outubro de 1943) é um
político e economista português.
Foi secretáriogeral
do Partido
Socialista de 1986 a 1989. Foi candidato
derrotado a primeiroministro.
Foi governador do Banco de
Portugal, entre 1985 e 1986, tendo sido
depois renomeado para as mesma funções em
Fevereiro de 2000.
Vítor Constâncio é licenciado em
Economia pelo Instituto Superior de Ciências
Económicas e Financeiras de Lisboa.
Foi secretário de Estado do
Planeamento nos dois primeiros Governos
Provisórios, entre 1974 e 1975. Foi ainda
Secretário de Estado do Orçamento e do
Plano no VI Governo Provisório em 1976.
Em 1976, foi eleito deputado à Assembleia
da República, tendo sido também eleito em
1980 e 1987. Em 1977, subiu à presidência
da Comissão para a Integração Europeia,
cargo que voltaria a ocupar em 1979. Mário
Soares fez dele seu ministro das Finanças e
do Plano, no II Governo Constitucional em
1978.
No Banco de Portugal, foi director de
Estatística e Estudos Económicos em 1975.
Em 1977, é vicegovernador,
cargo que
ocupou também em 1979, e de 1981 a 1984.
Entre 1995 e 2000, trabalhou no
sector privado, como administrador do
Banco Português de Investimento e da
Electricidade de Portugal (actual EDP).
Academicamente, ficou célebre por
nunca ter terminado o doutoramento que
começou, mas chegou a professor
catedrático convidado do Instituto Superior
de Economia e Gestão em 1989. (Afinal não
é só o Sócrates!)
O conselho de administração do Banco de Portugal custa mais de 1,5 milhões de euros por
ano. Administradores acumulam pensões do Banco de Portugal.
Apenas cinco nomes, onde se inclui o do próprio Constâncio, conseguem arrecadar 1,532
milhões de euros em salários durante um ano de trabalho no Banco de Portugal (BdP).
Traduzindo em escudos, tratase
de qualquer coisa acima de 305 mil contos por cada ano
civil. Tudo permitido por lei. Vítor Constâncio lidera um dos conselhos de administração mais bem
pagos do país.
Da próxima vez que Vítor Constâncio à saída de qualquer encontro, com qualquer
Presidente da República, invocar os conhecidos "chavões" de contenção salarial e reforma
estrutural das negociações salariais, haja algum repórter que lhe lance na cara estes números.
Acresce ainda que todos têm direito a carro de alta cilindrada e a motorista próprio.
Sempre que foi instado a revelar os valores exactos auferidos o Governo remeteuse
ao silêncio quanto aos faraónicos vencimentos e reformas do conselho de administração do Banco
de Portugal.
O Banco de Portugal remete para o Ministério das Finanças. Do Ministério das Finanças,
a resposta é que é o próprio Banco de Portugal quem deve esclarecer a questão. Ambos, em
separado, limitamse
a remeter para a lei que criou a comissão de fixação de vencimentos. Não é
possível, sequer, saber quem são, em concreto, os actuais membros dessa comissão.
Escusas, no seu conjunto, como se esta fosse uma matéria reservada ao segredo dos deuses,
que só adensam os motivos de preocupação e agravam o escândalo relativo às mordomias de que
beneficiam o governador do Banco de Portugal e seus pares com assento na administração.
Em comparação, nos EUA, o salário do presidente da Reserva Federal é público e está
disponível no ‘site’ da instituição, ao alcance de qualquer internauta. Basta um clique em
http://www.federalreserve.gov/generalinfo/faq/faqbog.htm. Em Portugal, os vencimentos dos
dirigentes do Banco de Portugal não são públicos. Por essa razão, há mesmo abusos escandalosos
e uma total falta de transparência.

Vítor Constâncio ganhou mais de 280
mil euros só em 2006!
Os rendimentos do trabalho
dependente de Vítor Constâncio totalizaram
os 280 889,91 euros em 2005. Neste ano, só
em aplicações financeiras e contas
bancárias, o governador do Banco de
Portugal declarou um montante global de
570 454,00 euros.
Estes são alguns dos números que se
podem retirar da declaração que o
governador do banco central entregou no
Tribunal Constitucional (TC), relativas aos
anos de 2005 e 2004.
Vítor Constâncio é ainda titular,
nalguns casos a meias com a sua mulher, de
uma habitação em Oeiras, 25% de um outro
apartamento e de quatro prédios urbanos
na zona de Estremoz.
Em comparação com 2004, a situação
económica do governador não se alterou
significativamente: ganhou nessa altura
272 628,08 euros, não tendo modificado a
carteira patrimonial ao nível imobiliário.
As instituições financeiras nas quais
Vítor Constâncio mais confia são o Banco
Português de Investimento, a Caixa Geral
de Depósitos e o Banco Espírito Santo.
Aparente adepto de não pôr todos os
ovos no mesmo cesto, Constâncio colocou
no BPI a fatia maior das suas poupanças:
192 180,00 euros num fundo de
investimento; 50 256,00 euros num plano
poupançareforma
(PPR); 204 454,00 euros
numa aplicação de capitalização; 16 664,00
euros numa carteira de títulos e ainda 65 810,00 euros em produtos derivados de
bolsa.
Na CGD, o governador do Banco de
Portugal tem um depósito a prazo de
119 222,00 euros e 86 680,90 euros num
fundo de investimento.
O BES é responsável pela gestão de
um outro fundo de investimento mais
modesto, no valor de 21 868,00 euros.
O rendimento anual do governador do
BdP aumentou em 2006, ascendendo neste
ano a um valor de 282 191,00 euros, um
acréscimo de 0,46 por cento face aos
280 889,91 euros ganhos em 2005.
A consulta da declaração de
rendimentos entregue por Vítor Constâncio
no Tribunal Constitucional revela que o
governador do BdP contava também, em
conjunto com a mulher, em 30 de Junho
deste ano, com uma avultada carteira de
activos financeiros: 209 637 euros em
aplicações de capitalização; 198 239 euros
em fundos de investimento; 114 438 euros
em depósitos a prazo; 60 775 euros numa
carteira de derivados; 50 690 euros em
planos de poupança, entre outros. Por
comparação, em 2005, os fundos de
investimento ascendiam a 192 180 euros.
A fazer fé na declaração de 2005,
Vítor Constâncio não tem dívidas, tendo
liquidado no ano anterior o remanescente de
um crédito imobiliário.

José Agostinho Martins de Matos
A consulta das declarações de
rendimentos de 2005 permitiu ainda concluir
que o vicegovernador,
José Agostinho
Martins de Matos ganhou 244 536,00 euros.
Do ponto de vista de aplicações
financeiras, Martins de Matos tinha
investidos mais de 142 000,00 euros, no final
de 2005,
Pedro Duarte Neves
Já Pedro Duarte Neves, que foi
nomeado vicegovernador
em 2006, ganha
254 586,00 euros.
Pedro Duarte Neves que foi
presidente da Anacom entre Setembro de
2004 e Junho de 2006, tem mais de
331 000,00 euros em aplicações financeiras.
José Silveira Godinho
O recordista dos rendimentos brutos
do trabalho dependente no Banco de
Portugal é um dos administradores: José
Silveira Godinho.
Entre os restantes três administradores
verifica se
que José Silveira Godinho é o que
tem mais dinheiro investido. Tem perto de
1 200 000,00 euros distribuídos por vários
bancos em depósitos, aplicações financeiras,
seguros e aplicações de capitalização. Numa
empresa de gestão de activos, o
administrador tem ainda um património total
superior a 80 000,00 euros dos quais uma
fatia está investida em “Football Players
Sporting”.
Este ex membro
do conselho de
administração do então Banco Espírito Santo
e Comercial de Lisboa (BESCL) foi, no
entanto, o que menos ganhou do ponto de
vista salarial, tendo auferido apenas
224 634,00 euros em 2005.
Convém referir que José Silveira
Godinho, antigo ministro da Administração
Interna dos governos de Cavaco Silva
reformou-se
do Banco de Portugal na
categoria profissional de director e acumula
o seu salário com uma pensão anual de
139 550,00 euros como reformado do Banco
de Portugal.
A soma dos dois dá 364 184,00
euros!
Sem dívidas ao banco está igualmente
Silveira Godinho.
Manuel Sousa Sebastião
Com um rendimento declarado de
226 081,00 euros, Manuel Sousa Sebastião
chegou a investir mais de 386 000,00 euros
nesse ano.
Manuel Sebastião pediu um
empréstimo ao BPI, mas este administrador
apenas declara a situação líquida, pelo que A
VERDADE não contabilizou o dinheiro em
falta.

Vítor Manuel Pessoa, apesar de ter
sido entre os seis responsáveis do banco
central com menos rendimentos (225 240,00
euros) e um dos com o menor volume
de aplicações financeiras declaradas
(218 225,00 euros), foi o que apresentou o
mais vasto património imobiliário e
automobilístico: com dez imóveis e seis
viaturas.
Acrescentese
a isto que Vítor Pessoa
também é reformado recebendo 30 101,00
euros de pensão, que neste caso não é paga
pelo fundo de pensões do Banco de Portugal,
e que acumula com o ordenado.
O total é de 255 341,00 euros ano!

Um potente BMW 530 D foi comprado para o Dr. Vítor Constâncio se pavonear.
O banco central, de resto, leva a sério
a qualidade de vida dos seus servidores. Só
no último ano e meio, o banco comprou, 26
viaturas por 1,2 milhões de euros.
Toda a administração tem ainda
direito a carros de alta cilindrada, novinhos
em folha, e a motorista próprio.
As marcas e modelos, esses,
provavelmente variam segundo os refinados
gostos de cada, indo, do potente BMW 530
D de Vítor Constâncio (no valor de 13.400
contos) até ao não menos potente Saab
Sport Sedan 2.2 (no valor de 7400 contos),
passando pelo Volvo V40 1.9 D, no valor de
7363 contos, todos eles atribuídos a outros
administradores.
E até o motorista pessoal de
Constâncio teve direito a um Peugeot 206. É
o único motorista do banco com direito a
viatura própria.
E isto num país com 2 milhões de
pobres e onde se pedem sacrifícios a toda a
população!


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Extractos retirados da " A VERDADE" e assinados por
Manuel Rodrigues Cunha

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