Diabetes e a Dieta

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O Carro da Princesa...

Quando o objectivo é ter um automóvel símbolo de statu quo, elegância e glamour a marca que conta é a Rolls-Royce. Foi a bordo de um desses veículos mais caros do mundo, que a plebeia Kate Middleton chegou à milenar Abadia de Westminster, em Londres, para se unir ao príncipe William, naquele que se tornou o mais comentado casamento deste século. Como num conto de fadas, Kate podia ter a seus pés a carruagem que desejasse.

Em Londres, a noiva foi de rolls-royce: Kate Middleton escolheu um Phantom VI, de 1977

Optou, porém, pelo modelo Phantom VI, de 1977, um dos veículos oficiais da Rainha Elizabeth II. O Rolls-Royce vintage da realeza britânica mostrou ao mundo que o lugar da centenária marca de origem inglesa mantém-se inigualável no topo do requinte.

O que tem mudado nos últimos tempos é o público-alvo. Hoje, reis, rainhas, príncipes, princesas, líderes políticos e aristocratas em geral têm de partilhar a paixão com os novos milionários dos países emergentes. Isso porque a alemã BMW, que comprou a Rolls-Royce no final da década de 90, decidiu lançar o Ghost, um modelo mais pequeno e acessível. Presente nas concessionárias há um ano e meio, o carro é vendido em Inglaterra por “apenas” 250 mil  dólares, bem mais em conta que os 380 mil dólares do Phantom.
A aparição do Ghost (fantasma) fez com que, no ano passado, a marca Rolls-Royce registasse uma facturação recorde. Foram vendidos  2711 veículos, 170% mais do que em 2009. Quatro em cada cinco compradores nunca tiveram um modelo da marca. Um dos objectivos dos criadores do Ghost foi dar um ar mais jovem à marca, sem perder, no entanto, a sua identidade. O design respeita as linhas que tornaram clássicos os carros da Rolls-Royce, como o capô longo, mas o novo modelo tem um atractivo especial: um sistema de som com 16 altifalantes e 600 watts de potência, além de opcionais, como o tecto descapotável. As mudanças atraíram, sobretudo, as mulheres. Elas são uma em cada dez clientes do novo modelo, participação até então inédita para a Rolls-Royce.
Tradição já não é o que era
Mas quem gostou mesmo do Ghost foram os novos magnatas das economias em ascensão, sobretudo os asiáticos. Em 2010, a China ultrapassou o Reino Unido e tornou-se o segundo maior mercado da marca, depois dos Estados Unidos. Segundo as previsões da consultora americana IHS Automotive, especializada no segmento de automóveis ultraluxo (que inclui marcas como Ferrari, Bugatti e Rolls-Royce), a marca britânica venderá no mundo 31 447 veículos este ano. Desse total, os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) representarão cerca de 10% das vendas. Estima-se que a quota de mercado dos emergentes deva chegar aos 16% em 2020.
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Numa altura em que as maiores construtoras já “robotizaram” grande parte da sua produção, os carros da Rolls-Royce, que começaram a ser fabricados em 1904, continuam a ser feitos de um modo artesanal em Goodwood, em West Sussex, Inglaterra (sim, a BMW produz grande parte das peças na Alemanha, mas faz questão de montar o carro no seu país de origem).
Um modelo Ghost passa pelas mãos de 60 profissionais, durante 20 dias, até ficar pronto. Só a pintura consome uma semana, pois, entre cada uma das cinco camadas de tinta, o carro é lixado à mão. Outro ícone da marca é a estátua Whisper, encomendada pelo lorde Montagu ao escultor Charles Sykes, que se mantém orgulhosamente visivel. “Todos os veículos desvalorizam com o tempo. Um Rolls-Royce, porém, converte-se num clássico”, diz Milton Pedraza, director do Luxury Institute, especializado no mercado do luxo. Um Phantom igual ao que levou a princesa Kate Middleton à abadia de Westminster vale mais do que um Rolls-Royce com zero quilómetros recém-saído da fábrica. Não há outra marca de automóveis no mundo que se possa gabar dessa proeza.
 Exame Angola

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