Diabetes e a Dieta

Diabetes e a Dieta
Clicar na Imagem

sábado

Extinção de Animais

por Sylvia Estrella

Extinção significa que uma espécie, subespécie ou grupo de espécies já não existe mais, ou seja, foi varrida da face do planeta e que não sobraram dois exemplares vivos para se reproduzir e garantir a continuidade da espécie. Mais de 90% dos seres vivos que já existiram estão extintos atualmente, de acordo com pesquisa do biólogo Dougal Dixon, da University of St Andrews.

Existem quatro causas principais para a extinção de seres vivos. As mais conhecidas, a caça e/ou a sobrepesca (pesca acima do que determinada região pode oferecer em pescado) são provocadas pelo homem e consideradas responsável pela eliminação de quase um quarto das espécies.

Outra causa é a destruição de habitats, que contribui com 36% das extinções. Esta pode ser causada pelo homem - ou por fenômenos naturais, como o que ocorreu no período Cretáceo-Tertiário há 65 milhões de anos, quando um meteoro atingiu a Terra, e varreu 90% da biodiversidade da Terra no período. Biodiversidade que era formada em sua grande maioria pelos dinossauros.

Um estudo da ong WWF (Fundo Mundial para Natureza) e a Sociedade de Zoologia de Londres, divulgado em 2008, mostra que o número de espécies terrestres, marinhas e de água doce registrou uma queda total de 27% entre 1970 e 2005. Entre os mais atingidos estão antílope africano, o peixe-espada, o tubarão-martelo, o golfinho do rio Yangtze e várias espécies de aves marinhas.

Nesse período, as espécies terrestres sofreram queda de 25%, espécies marinhas caíram em 28% e espécies de água doce caíram 29% entre 1970 e 2005.

Para os cientistas, a extinção em massa é um fenômeno natural que sempre ocorreu e, baseado nos estudos de fósseis, eles podem afirmar que entre 2 a 19 famílias taxionômicas (de espécies) são extintas a cada 1 milhão de anos.

Existe ainda a extinção causada pela ação humana. O processo de aquecimento global vivenciado hoje está causando extinções em massa. A organização International Union for the Conservation of Nature (IUCN), ou União Internacional para Conservação da Natureza, estima que atualmente são extintas, em todo o mundo, de uma a duas espécies de plantas por dia, enquanto as de animais variam de 2 a 3 por dia. Números confirmados por estatísticas da organização não governamental Conservation International (CI).

O aquecimento global já colocou os corais e algas das Ilhas Galápagos (no Equador), por exemplo, na lista vermelha de extinção da IUCN. Segundo cientistas, a mudança climática trazida pelos cada vez mais freqüentes eventos produzidos pelo El Nino - com aumento drástico da temperatura das águas e redução de nutrientes no entorno das Ilhas Galápagos - foi responsável pela ameaça de extinção. As águas mais quentes prejudicam os corais e as algas, que constituem a base estrutural dos ecossistemas marinhos.

A Lista Vermelha da IUCN de 2007 também inclui 74 algas marinhas - ou micro-algas - de Galápagos como ameaçadas, sendo que 10 delas receberam o status de espécie criticamente ameaçada. Antes de 2007, apenas uma espécie de alga tinha sido incluída na Lista Vermelha. A inclusão das algas provoca necessariamente a preocupação da extinção de espécies animais que se alimento delas.

Os ursos polares são outro alvo do aquecimento global. Um estudo conduzido pelo órgão de pesquisas geológicas dos Estados Unidos alerta que se as condições atuais se mantiverem, até 2050 dois terços da espécie serão dizimados pelo derretimento do gelo na região do Ártico. Até 2050, os ursos polares teriam perdido 42% da área que têm disponível para viver durante o verão, onde caçam e se reproduzem.

A forma menos conhecida de extinção, também causada pelo homem, mas com grande impacto sobre os ecossistemas originais, é a introdução de espécies exóticas. Um caso recente é o do sapo-cururu, animal tão conhecido das crianças no Brasil, que causou danos ambientais enormes na Austrália, onde foi introduzido em meados do século passado.

                                         Forasteiros tiram lugar dos originais

A introdução de animais estranhos ao ecossistema também pode provocar mudanças profundas no habitat, colocando as espécies em risco ou levando à sua extinção. Exemplo disso foi a introdução de coelhos na Austrália, que provocou a diminuição das populações de marsupiais nativos da região, como os cangurus, por causa da alteração de seu habitat. Os marsupiais têm um organismo muito voltado para o seu ambiente e não resistem a pequenas mudanças ambientais.

Outro exemplo clássico é a extinção do pássaro dodo, das Ilhas Maurício, Reunião e Rodrigues, do Oceano Índico. Havia três espécies, cada uma endêmica de uma ilha, e essas aves tinham poucos predadores devido ao seu isolamento geográfico. Sem necessidade de voar, por causa do alimento abundante, converteram-se em aves terrestres, incapazes de se defender. Trazidos nos barcos com a população humana que se instalou na ilha, os ratos, os cães e as cabras, acabaram com os dodos. O último dodo, o da ilha Rodrigues, sucumbiu no princípio do Século 19; a primeira espécie a desaparecer foi o das ilhas Maurício em 1680.

A chegada de indivíduos a um novo habitat não implica necessariamente a sua naturalização. Na realidade, a probabilidade de sucesso é pequena: calcula-se que somente 10% das espécies introduzidas conseguem êxito e, destas, somente 20% causam problemas nas comunidades naturais.

Sem comentários:

Enviar um comentário